Nordeste é o segundo colocado dos estados que têm maior índice de pessoas portadoras de deficiência auditiva

Pessoas com deficiência auditiva severa têm três vezes mais chance de sofrerem discriminação em serviços de saúde do que pessoas ouvintes

[Nordeste é o segundo colocado dos estados que têm maior índice de pessoas portadoras de deficiência auditiva ]

FOTO: Reprodução

A população brasileira vivencia uma período crescente da faixa etária de idosos, e dentre os problemas que afetam as pessoas nesta fase, a deficiência auditiva tem crescido bastante. De acordo com os estudos realizados em conjunto, através do Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda, divulgados na reportagem do portal da Agência Brasil, existem 10,7 milhões de brasileiros portadores de deficiência auditiva. Desse total, 2,3 milhões têm deficiência severa. 

“A deficiência auditiva é uma deficiência que se agrava com o passar dos anos. E como o Brasil está passando por um processo de envelhecimento da população, hoje já temos 59 milhões de brasileiros com mais de 50 anos e, em 2050, vamos chegar com mais de 98 milhões de brasileiros com mais de 50 anos de idade, essa é uma tendência que só vai crescer”, disse Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva. Completou que a “sociedade, claramente, não está preparada para isso”.

Ainda segundo a pesquisa, que foi realizada entre os dias 1º e 5 de setembro passado, com 1,5 mil brasileiros surdos e ouvintes, a surdez atinge 54% de homens e 46% de mulheres. A predominância é na faixa de 60 anos de idade ou mais (57%). 

Nove por cento das pessoas com deficiência auditiva nasceram com essa condição e 91% adquiriram ao longo da vida, sendo que metade foi antes dos 50 anos. Entre os que apresentam deficiência auditiva severa, 15% já nasceram surdos. Do total pesquisado, 87% não usam aparelhos auditivos.

Além disso, os dados relatam que a cada três brasileiros, dois enfrentam dificuldades nas atividades do cotidiano, onde passam a se divertirem menos, além de diminuir as oportunidades de inclusão no mercado de trabalho e oportunidades educacionais.

Os estudos apontam que vinte por cento das pessoas com deficiência auditiva, e que são idosas, não conseguem sair sozinhas, só 37% estão no mercado de trabalho e 87% não usam aparelhos auditivos.

Outro ponto descoberto no estudo é que a maior parcela de pessoas com esse problema está na Região Sudeste (42%), seguida pelo Nordeste (26%) e Sul (19%). Já as regiões Centro-Oeste e Norte detêm os menores percentuais de surdos (6% e 7%, respectivamente).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que existem 500 milhões de surdos no mundo e, até 2050, haverá pelo menos 1 bilhão em todo o globo. 


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