Fronteira segura e menos crime

[Fronteira segura e menos crime]

FOTO: Agência Brasil

A fiscalização de fronteiras no Brasil ganhou neste ano a ajuda do ministro Sérgio Moro, que ainda apresentará ao Ministério da Economia um plano para reforçar o controle deste território ainda tão frágil, às vezes violento, entre o Brasil e países vizinhos. 

É mais um passo para enfraquecer as organizações criminosas, que atuam com veemência nestes espaços. De nada adianta, mesmo, só fazer ações em mercados consumidores de drogas e esquecer que o que dá sustentação e poder econômico a quadrilhas é o grande volume de drogas e armas que entram pelas fronteiras.

As falhas na fiscalização de fronteiras do Brasil têm efeitos diretos – significa a persistência do tráfico de droga e armas, por exemplo. A vigilância sem contingente e estrutura suficientes torna o espaço vulnerável e apto ao crime entrar e pulverizar negócios no lamentavelmente fértil território nacional às diversas práticas ilícitas. 

Junto ao esforço de Moro, em paralelo e ainda mais relevante é a implantação completa do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras Terrestres (Sisfron), criado em 2012 e, por causa das crises políticas e econômicas dos últimos anos, só cobre cerca de 600 quilômetros. A limitação orçamentária é, segundo o governo, a principal resposta à lentidão para concretizar este ousado e necessário projeto.

O objetivo do Sisfron é fortalecer a presença do Estado nas fronteiras, contribuindo para o combate ao tráfico de drogas, pessoas e armas, por exemplo. Com o uso da tecnologia, o sistema ajuda o Exército no acompanhamento de rotas do crime e também de situações de calamidade.

Com orçamento inicial de R$ 12 bilhões, o Sisfron só recebeu R$2 bilhões até agora. Até dezembro deste ano estão previstos R$ 220 milhões para o projeto. A limitação orçamentária, além de impedir o avanço do programa, pode quebrar o sistema. 

O problema é torná-lo obsoleto antes mesmo de ser entregue e a previsão da concretização de sua operação é assustadora: 2035! Seria uma contundente derrota na conta do país diante do crime organizado, que pode interpretar a suposta (esperamos que não!) falência do Sisfron como ‘passe livre’ para aumentar o tráfego do tráfico pelas fronteiras.


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