Chevrolet S10 High Country é bruta e confortável ao mesmo tempo?

Pickup tem motor 2,8 turbodiesel de 200cv e tração 4X4 para enfrentar qualquer terreno

Já se foi o tempo em que a Chevrolet S10 liderou as vendas no mercado brasileiro de pickups. No entanto, ela não está muito longe disso e ocupa o segundo lugar atrás da Toyota Hilux. Em 2020 mantendo seu visual a versão High Country propõe uma utilitária bem equipada que o Farol da Bahia avaliou por uma semana.

O ponto alto é sem dúvida o motor 2.8 turbodiesel Duramax com intercooler e injeção direta Common Rail que desenvolve 200cv e 51kgfm de torque com câmbio de seis marchas com opção de troca manual apenas na alavanca. A tração 4X4 com reduzida tem seletor no console em formato giratório e sem alterações. Este motor é o mesmo que equipa as versões intermediárias da Colorado nos Estados Unidos.

Desde 2018 a Chevrolet S10 está mais silenciosa e mais forte em baixas rotações. Na estrada, o motor surpreende pelo trabalho do câmbio ágil nas reduções quando acionado mas ainda mais forte após 3.000rpm. Ao chegarmos na terra, o mesmo conforto é mantido se a tração integral for acionada o que pode ser feito também em movimento. 

O freio ABS faz seu trabalho assim como o controle de tração e estabilidade que mantém a S10 presa às curvas com mínima variação na carroceria. A vibração do carro é compensada pelos sistema de pêndulos metálicos ligados ao conversor de torque, tecnologia chamada de CPA. Parece complicado mas a S10 tem, na prática, uma rodagem com mais conforto e mínima vibração. Em termos de assistência à condução há alerta de saída de faixa, alerta de frenagem de emergência e em caso de acidente, há seis airbags e cintos pré-tensionados.

Após 500km rodados, sendo 100 deles na cidade, 300 na estrada e outros 200 em terrenos difíceis, chegamos a um consumo médio de 10,5Km por litro na cidade e 16,7km na estrada, número expressivo para seu tamanho (5,40m de comprimento, 1,87m de largura, 1,87m de altura e 3,09 de entre-eixos) e seu peso de 2.100kg

Bem equipada 

O visual da utlitária traz a seriedade com requinte das pickups da marca. Há cromados nas maçanetas, nos retrovisores e na ampla grade, além de estribos e santantônio de efeito decorativo e na cor da carroceria. Os emblemas da versão são grandes, relembrando a origem da S10 norteamericana. Por dentro, o perfil de acabamento é o mesmo, couro e plástico com sobriedade e traços retilíneos. Todos os encaixes são bons mas poderia haver mais brilho em alguns detalhes.

Os bancos são em couro mas só o do motorista tem ajuste elétrico. O espaço interno é muito amplo mesmo para quem viaja atrás mas falta a saída traseira do ar condicionado embora ela tenha tomada de carregamento logo atrás do console. A caçamba tem 1.061 litros e apesar da tampa pesada, é ampla para levar o que for possível.

Em termos de conectividade apesar do computador de bordo no cluster, a multimídia com sistema MyLink e OnStar merece a mesma atualização já oferecida no Cruze e na nova geração do Onix, quem sabe até com internet 4G com wi-fi a bordo e da tela capacitiva de alta resolução. O sistema atual tem comandos um pouco confusos e coloridos, além da baixa resolução que se reflete inclusive na câmera. Nos Estados Unidos a Colorado já tem tela maior de 8,8 polegadas e câmera HD.

Conclusão

A rodagem confortável faz da Chevrolet uma ótima competidora mas lhe cairiam bem as atualizações da multimídia e itens de conforto como a saída do ar condicionado para os ocupantes que viajam no banco traseiro. Na sua faixa de preço, em torno de R$ 190 mil, ela é a mais potente, equivalente apenas à Ford Ranger, enquanto ela está em faixa inferior no preço quando comparada à potente VW Amarok de 225cv, mas que supera os R$ 200 mil. 

 

 


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